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Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
O Evangelho deste domingo (Mt 16, 13-20) é
a célebre passagem, central na história de Mateus, na qual Simão, em
nome dos Doze, professa a sua fé em Jesus como “o Cristo, o Filho do
Deus vivo”; e Jesus chama Simão “feliz” por esta fé, reconhecendo nessa
um dom especial do Pai e lhe diz: “Tu és Pedro e sobre esta pedra
edificarei a minha Igreja”.
Paremos um momento justamente neste
ponto, no fato de que Jesus atribui a Simão este novo nome: “Pedro”, que
na língua de Jesus soa “Kefa”, uma palavra que significa “rocha”. Na
Bíblia, este termo, “rocha”, refere-se a Deus. Jesus o atribui a Simão
não por suas qualidades ou seus méritos humanos, mas por sua fé genuína e
firme, que lhe vem do alto.
Jesus sente no seu coração uma grande
alegria, porque reconhece em Simão a mão do Pai, a ação do Espírito
Santo. Reconhece que Deus Pai deu a Simão uma fé “confiável”, sobre a
qual Ele, Jesus, poderá construir a sua Igreja, isso é, a sua
comunidade, isso é, todos nós. Jesus tem em mente dar vida à “sua”
Igreja, um povo fundado não mais na descendência, mas na sé, vale dizer
na relação com Ele mesmo, uma relação de amor e de confiança. A nossa
relação com Jesus constroi a Igreja. E, portanto, para iniciar a sua
Igreja, Jesus precisou encontrar nos discípulos uma fé sólida, uma fé
“confiável”. É isto que Ele deve verificar a este ponto do caminho.
O Senhor tem em mente a imagem do
construir, a imagem da comunidade como um edifício. Eis porque, quando
ouve a profissão de fé sincera de Simão, chama-o “rocha” e manifesta a
intenção de construir a sua Igreja sobre esta fé.
Irmãos e irmãs, isso que aconteceu de
forma única em São Pedro acontece também em cada cristão que desenvolve
uma fé sincera em Jesus o Cristo, o Filho do Deus vivo. O Evangelho de
hoje interpela também cada um de nós. Como vai a tua fé? Cada um dê a
resposta no próprio coração. Como vai a tua fé? Como o Senhor encontra
os nossos corações? Um coração firme como a pedra ou um coração de
areia, isso é, duvidoso, desconfiado, incrédulo? Fará bem a nós hoje
pensar nisto. Se o Senhor encontra no nosso coração uma fé, não digo
perfeita, mas sincera, genuína, então Ele vê também em nós pedras vivas
com as quais construir a sua comunidade. Desta comunidade, a pedra
fundamental é Cristo, pedra angular e única. Da sua parte, Pedro é
pedra, enquanto fundamento visível da unidade da Igreja; mas cada
batizado é chamado a oferecer a Jesus a própria fé, pobre, mas sincera,
para que Ele possa continuar a construir a sua Igreja, hoje, em cada
parte do mundo.
Também nos nossos dias, tanta gente pensa
que Jesus seja um grande profeta, um mestre de sabedoria, um modelo de
justiça… E também hoje Jesus pergunta aos seus discípulos, isso é, a
todos nós: “Mas vós, quem dizeis que eu sou?”. O que responderemos?
Pensemos. Mas, sobretudo, rezemos a Deus Pai, por intercessão da Virgem
Maria; rezemos para que nos dê a graça de responder, com coração
sincero: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Esta é uma confissão de
fé, este é o próprio “o credo”. Repitamos juntos por três vezes: “Tu és
o Cristo, o Filho do Deus vivo”.
Fonte: Notícias Canção Nova
Fonte: Notícias Canção Nova
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