sábado, 7 de julho de 2012

XIV Domingo do Tempo Comum



O Evangelho deste domingo nos mostra que para conhecer Jesus não basta saber a sua história de vida. É necessário um "mergulho" na fé, pois o Paráclito, Espírito Santo de Deus, pode nos abrir os olhos para reconhecer o Messias na pessoa de Jesus.






1. CONTEXTO LITÚRGICO. Queremos celebrar hoje o Deus da Vida que se manifesta no cotidiano de nossa vida: em nossos familiares, parentes próximos, conhecidos e amigos. Deus não se manifesta no extraordinário, como tantas vezes pensamos, mas na simplicidade da vida.

2. CONTEXTO NARRATIVO. Jesus volta para sua terra (Nazaré) e não é bem acolhido pelos seus conterrâneos. Conhecem sua família, seus irmãos e irmãs e por causa disso escandalizaram com Jesus. E não pode fazer “ações poderosas” ali, por causa da falta de fé do povo. 

3. ESCLARECENDO... Nossas traduções bíblicas pecam demais ao traduzir o texto grego. Por causa disso imaginamos Jesus um “milagreiro”, coisa o que texto bíblico não afirma que Jesus o seja. Milagroso em grego se diz “taumasía”, e os evangelhos nunca usam esse termo para os gestos de Jesus. Usam sim: érgon (ação), dynamis (ação poderosa), semeion (sinal), palavras que expressam a cotidianidade e não o extraordinário como “taumasía” (milagre). Era nas atitudes que todos tem no cotidiano de: compadecer do sofrimento, curar as doenças, partilhar os bens, que Jesus demonstrava a ação e o poder de Deus.

4. APROXIMANDO O TEXTO DA GENTE. Escandalizaram com Jesus porque era o filho do carpinteiro ou pedreiro, porque conheciam os seus irmãos e irmãs. Isso lá era motivo para não darem crédito à Palavra de Jesus? Quantas vezes não percebemos os sinais e as ações que Deus realiza em nossa vida mediante as pessoas conhecidas e próximas da gente? Talvez a gente queira coisas extraordinárias... E Deus age justamente é na simplicidade, nas pequenas coisas, pequenas atitudes de amor, compaixão e solidariedade que, apesar de não serem grandiosas, são gestos cheios do poder de Deus. Para perceber Deus no cotidiano da vida é preciso ter fé. Coisa que os conterrâneos de Jesus não tiveram, para não perceber nele um enviado de Deus.


Deus nos abençoe.


Fr. Inácio José, OdeM

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