10º Domingo do tempo Comum

Primeira leitura (Gênesis 3,9-15)
Segunda leitura (2º Coríntios 4,13-18; 5,1)
Salmo (Salmos 129)
Evangelho Mc 3, 20-35

No finalzinho desta noite, posto aqui a minha partilha para a Liturgia deste 10º Domingo do Tempo Comum.

Na Primeira Leitura, em Gênesis, chamaram-me atenção os versículos:

Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer?” ¹²Adão disse: “A mulher que tu me deste por companheira, foi ela que me deu do fruto da árvore, e eu comi”. ¹³Disse o Senhor Deus à mulher: “Por que fizeste isso?” E a mulher respondeu: “A serpente enganou-me e eu comi”.

Ao ser questionado por Deus, o homem, em vez de assumir a culpa, transfere-a para a mulher. Eva, por sua vez, “passa a bola” para a serpente.  Atitude errada, mais uma vez, pois naquela hora, o melhor seria a contrição, o arrependimento sincero, reconhecer o erro e pedir ao Senhor uma chance para recomeçar. Esta é a dica dada pelo salmista:

 Espere Israel pelo Senhor,/ mais que o vigia pela aurora!/ Pois no Senhor se encontra toda graça/ e copiosa redenção./ Ele vem libertar a Israel/ de toda a sua culpa.

Mesmo no pecado e no afastamento, Deus não o rejeita o homem. “O pecado é mais do que um comportamento errado: é uma fraqueza física”, nos diz o Youcat, 67.  Consentir a esta fraqueza e não retornar à Misericórdia de Deus é que é o verdadeiro problema. Ao mesmo tempo em que “temos desejo do Céu”, sentimos também os puxões das inclinações para o pecado; porém, se nos entregarmos ao Senhor e pedimos a sua graça, ele não nos negará a sua copiosa redenção, nos libertando de toda a culpa. Cabe a nós lutar pela santidade do dia a dia, como nos diz São Paulo, em 2ª Coríntios:

16Por isso, não desanimamos. Mesmo se o nosso homem exterior se vai arruinando, o nosso homem interior, pelo contrário, vai-se renovando, dia a dia.

O Evangelho também os traz muitos pontos para meditação.

Naquele tempo, 20Jesus voltou para casa com os seus discípulos. E de novo se reuniu tanta gente que eles nem sequer podiam comer. ²¹Quando souberam disso, os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava fora de si.

O Evangelista Marcos mostra uma situação, no mínimo, curiosa. Os parentes de Jesus, em vez de apoiá-lo, queriam justamente fazer o contrário: detê-lo.

Jesus está no meio da multidão, onde Ele se sente “em casa”, ao que parece. Nesta casa, Ele vai mostrando quem é. A casa de Jesus, local da sua morada, repouso do seu coração e missão, é o lugar onde se reúnem os sofredores e os discriminados de toda espécie, a ponto de Ele e seus discípulos não terem tempo para comer e dormir.

Fico pensando: nós, que somos Igreja, família de Jesus, conseguimos perceber a vontade do Senhor? Ou achamos que Jesus está perdendo o juízo e nos colocamos contra Ele?

Nós, que somos Igreja, família de Jesus, hoje somos convidados a adentrar na multidão dos discípulos e fazer a vontade de Deus.

³¹Nisso chegaram sua mãe e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo.³²Havia uma multidão sentada ao redor dele. Então lhe disseram: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura”. ³³Ele respondeu: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” ³⁴E olhando para os que estavam sentados ao seu redor, disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos. ³⁵Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

Jesus, neste dia, peço-te a graça de "entrar na multidão", lançar-me sem medo para mais perto de Ti, para que eu ouça e pratique seus ensinamentos. Que eu saiba ouvir mais e falar menos, pois o que verdadeiramente importa não são as minhas palavras, e sim a Tua Palavra, que é Caminho, Verdade e Vida.

E, acima de tudo, que eu aprenda a "fazer a vontade do Pai que está nos céus", em todos os momentos de minha vida. Amém.


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Referências
http://www.magnificatfm.com.br/site/?p=1476
You Cat
Liturgia Diária - Canção Nova