Queridos amigos,
Que artigo bonito e quanta sabedoria em um só texto. Vale a pena ler!
Grande abraço a todos!
Taís
Cidade do Vaticano, 12 ago (Fonte: Rádio Vaticana) - "Não te digo até sete, mas até setenta vezes sete": é a exortação que, no Evangelho de hoje (Mt 18, 21 – 19, 1), Jesus dirige a Pedro que lhe pergunta quantas vezes se deve perdoar. Em seguida, o Senhor conta a conhecida parábola do rei que perdoa a dívida a um servo seu, o qual não mostra, por sua vez, a mesma compaixão para com um seu devedor. Bento XVI deteve-se, muitas vezes, sobre a misericórdia de Deus e a força do perdão.
O perdão "é o modo como Deus vence". Apesar da nossa fragilidade, ressalta Bento XVI, o Senhor, rico de misericórdia e de perdão, transforma a vida do homem e o chama a segui-lo".
O amor de Deus é um amor sem fim, reitera o Papa. E nos encoraja a tomar parte deste amor que brota do coração de Jesus, da Eucaristia:
"Portanto, toda vez que se aproximarem do altar para a celebração eucarística, o ânimo de vocês se abra ao perdão e à reconciliação fraterna, pronto a aceitar os pedidos de desculpas daqueles que os feriram e pronto a perdoar." (Missa na Catedral de Albano, 21 de setembro de 2008)
Um perdão que nasce da conversão do coração, da humildade, do reconhecer-se pecadores. "Justamente abaixando-nos junto com Cristo – observa o Pontífice – nós nos elevamos até Ele e até Deus":
"Deus é amor e por isso o curvar-se, o abaixamento que o amor nos pede é, ao mesmo tempo, a verdadeira ascensão. Justamente assim, abaixando-nos, nós alcançamos a altura de Jesus Cristo, a verdadeira altura do ser humano." (Homilia, Missa de Pentecostes, 15 de maio de 2005)
Também a Igreja nasce marcada pelo perdão. De fato, justamente o perdão é o novo poder que Jesus dá aos Apóstolos no dia de Pentecostes. O perdão une os homens. Vence as divisões da humanidade:
"A força que supera Babel é a força do perdão. Jesus pode conceder o perdão e o poder de perdoar, porque ele mesmo sofreu as conseqüências da culpa e as eliminou na chama de seu amor. O perdão vem da Cruz; ele transforma o mundo com o amor que se doa. O seu coração aberto na Cruz é a porta através da qual a graça do perdão entra no mundo. E somente essa graça pode transformar o mundo e edificar a paz." (Homilia, Missa de Pentecostes, 15 de maio de 2005)
Bento XVI deteve-se ainda longamente sobre o tema do perdão na catequese dedicada a Judas Iscariotes, o apóstolo que traiu Jesus. Também Pedro – recorda o Papa – traiu o Senhor, mas soube aceitar o seu perdão, soube se confiar à misericórdia divina. Em Judas, ao invés, o arrependimento "degenera em desespero" e acaba num ato de "autodestruição":
"É para nós um convite a jamais deixar de esperar na divina misericórdia. (...) Jesus respeita a nossa liberdade; Jesus espera a nossa disponibilidade ao arrependimento e à conversão: é rico de misericórdia e de perdão." (Audiência Geral, 18 de outubro de 2006) (RL)
Nenhum comentário:
Postar um comentário