domingo, 11 de março de 2012

S. Domingos Sávio, o Pequeno Gigante

Domingos Sávio nasceu em Riva, na região do Piemont, Itália, em 1842. Domingos era um de três filhos nascidos numa família pobre em bens materiais - era filho de um ferreiro e de uma costureira - porém rica de fé. Cresceu com desejos de ser um padre. Sua infância ficou marcada pela primeira comunhão (que era normal ser feita aos doze anos), feita com fervor aos sete anos. Chegando em casa com a sua caligrafia grande e ainda incerta, mas com a vontade de um campeão escreve: "Recordação da primeira comunhão: 1) Me confessarei muito e farei a comunhão todas as vezes que o confessor me permitir; 2) Quero santificar os dias festivos; 3) Os meus amigos serão Jesus e Maria; 4) A morte, mas não o pecado.
Em outubro de 1854, aos doze anos de idade, ocorreu um fato decisivo em sua vida: o encontro de Domingos com São João Bosco, que o acolhe, como padre e diretor, em Valdocco (Turim) convidando-o para cursar os estudos secundários. Domingos tornou-se um estudante no Oratório de São Francisco de Sales em Turim, uma espécie de escola de primeiro grau onde os alunos recebiam estudo, orientação profissional e trabalho, em tudo proporcionando o crescimento espiritual.
Quando São João Bosco começou a treinar jovens como clérigos para ajudá-los no cuidado de meninos de rua, em Turim, o padre da paróquia de Domingos o recomendou a João Bosco, o qual mais tarde escreveu a biografia de Domingos de tão impressionado que ficou ao conhecê-lo.
São Domingos Sávio era um jovem comum, mas que interiorizou tão bem a espiritualidade salesiana no seu dia-a-dia que sua alegria de menino nunca desapareceu, apenas foi purificada de todo e qualquer pecado.
Um fato curioso: O dia 24 de junho era dia do onomástico de Dom Bosco. Todos os alunos queriam demostrar seu afeto e felicitações. Dom Bosco pediu, então, que cada um escrevesse um bilhete de felicitações e pedidos a ele. Os pedidos foram os mais extravagantes. Domingos escreveu 5 palavras: "Me ajude a ser santo". Dom Bosco chamou Domingos e lhe disse: “Quero te ensinar a fórmula da santidade. Primeiro: alegria; segundo: os teus deveres bem feitos; terceiro: fazer o bem aos outros”.
Na alegria e no fazer bem os seus afazeres escolares, Domingos tinha pouco a melhorar (já estava entre os primeiros da classe). Mas no ajudar os outros ele se superou. Se havia um doente para visitar, um colega que necessitasse de uma explicação, uma estante para colocar em ordem, era sempre pronto. Chegou a dar o seu casaco de lã a uma criança que tremia de frio.
Sensibilizado no ideal de são João Bosco, "Dai-me almas" organiza um grupo chamado a "Companhia da Imaculada Conceição". Domingos percebeu que havia como ele outros colegas que se esforçavam em praticar o bem aos outros. Mas porque não unir em uma espécie de "sociedade secreta" e trabalhar juntos? Assim surge a Companhia. Os inscritos se esforçavam em fazer bons amigos, a fazer companhia aos que estavam tristes ou que se sentiam sós e a difundir a alegria e a serenidade. Em adição à sua devoção, ele fazia vários trabalhos como varrer o chão e tinha especial paciência e cuidado com os jovens mais travessos. Logo que começou no Oratório Domingos separou uma luta entre dois rapazes que se atiravam pedras. Segurando um crucifixo entre eles ele disse: “Antes de lutarem olhem para isto" e em seguida disse "Jesus não tinha nenhum pecado e Ele morreu perdoando os seus executores, nós vamos ultrajá-Lo sendo deliberadamente vingativos”?
Ele escrupulosamente seguia a disciplina da casa e com isto angariava o ressentimento dos outros jovens que esperam dele o mesmo comportamento. Não obstante, ele nunca ofendia quem o tratava mal. Talvez se não fosse a orientação de São João Bosco ele teria se tornado um fanático. Bosco o proibiu de fazer qualquer mortificação ao seu corpo sem sua permissão. Bosco certa vez encontrou Domingos, numa noite fria, em sua cama tremendo sem um só lençol por cima. "Não seja louco disse ele a Domingos, você poderá pegar pneumonia!". "Por que eu?" perguntou Domingos. "O meu Senhor não pegou pneumonia na manjedoura em Belém?"
Domingos Sávio amava demais a Eucaristia, e sua mãe Nossa Senhora e interiormente amadureceu muito com a vida e sofrimentos que enfrentou no secreto, isto até pegar uma grave doença com apenas 15 anos. A frágil saúde de Domingos piorou e ele foi enviando para seu lar paterno em Mondonio (província de Asti) para uma mudança de clima. Foi diagnosticado como tendo tuberculose e logo começou a sangrar, e isso apressou sua morte. Ele recebeu os últimos sacramentos e pediu ao padre para ler a oração dos mortos e no final ele sentou-se e disse: "Adeus meu caro padre"; sorriu e exclamou: "Estou vendo coisas maravilhosas!" e logo depois ele morreu sorrindo, tão calmo e feliz, que ninguém duvidou de sua visão do paraíso. Era o ano de 1857.
Pouco tempo depois, São João Bosco escreveu sua biografia, o que contribuiu para a sua canonização. Pio XII o proclamou santo em 12 de junho de 1954 diante de milhares de jovens que foram à Praça de São Pedro para festejar o primeiro santo, jovem como eles. Ele foi a pessoa mais jovem a receber a canonização, na história da Igreja.
Retirado do site pastoraldoscoroinhas.com / adaptado por Taís

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