segunda-feira, 1 de novembro de 2010

ANGELUS: "DEUS NÃO EXCLUI NINGUÉM, NEM POBRES NEM RICOS"

Cidade do Vaticano, 31 out (RV) - “Deus não exclui ninguém, nem pobres nem ricos”. Foi o que recordou Bento XVI no breve discurso que precedeu a oração mariana do Ângelus na manhã de hoje no Vaticano. “Deus – explicou o Papa aos mais de 40 mil fiéis reunidos na Praça São Pedro, apesar da chuva que cai hoje em Roma - não se deixa condicionar pelos nossos preconceitos humanos, mas vê em cada um uma alma a ser salva e é atraído especialmente por aqueles que são considerados perdidos e que se consideram também eles perdidos”.

“Jesus Cristo, encarnação de Deus, demonstrou essa imensa misericórdia, que não diminui a gravidade do pecado, mas tem sempre como objetivo principal salvar o pecador, oferecer-lhe a oportunidade de redimir-se, e recomeçar tudo de novo, para se converter”.

A reflexão proposta pelo Papa foi inspirada no episódio da conversão de Zaqueu, que na cidade de Jericó era um rico publicano, ou melhor, sublinhou o Santo Padre, “o chefe dos publicanos” isto é, dos cobradores de impostos; por esse motivo os publicanos eram considerados pecadores públicos e mais ainda, muitas vezes se aproveitavam de sua posição para extorquir dinheiro do povo.

Zaqueu, portanto, disse o Papa, “era muito rico, mas desprezado pelos seus compatriotas, e quando Jesus, atravessando Jericó, se deteve precisamente na sua casa, suscitou um escândalo geral”.

“Jesus afirma que é muito difícil para um rico entrar no reino dos céus”, observou o Papa Bento XVI citando outro trecho do Evangelho que deve preocupar todos nós. Mas o que prevalece na avaliação de Cristo é sempre a misericórdia. De fato - disse ainda o pontífice -, “no caso de Zaqueu, podemos ver precisamente que o que parece impossível se realiza porque, como comenta São Jerônimo, deu a sua riqueza e imediatamente substituiu-a com a riqueza do reino dos céus.

“As riquezas – acrescentou ainda o Papa citando São Máximo de Turim – são para os tolos um alimento à desonestidade, para os sábios, ao invés, são uma ajuda para a virtude.

“Queridos amigos, Zaqueu aceitou Jesus e se converteu, porque Jesus, por primeiro o acolheu: não o tinha condenado, mas tinha ido ao encontro do seu desejo de salvação”.

E o Papa concluiu pedindo à Virgem Maria, modelo perfeito de comunhão com Jesus, para que também nós possamos experimentar a alegria de sermos visitados pelo Filho de Deus, de sermos renovados pelo seu amor e poder transmitir aos outros a sua misericórdia.

Conteúdo disponível em: Rádio Vaticana

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